Paris é um círculo dividido em 20 áreas chamadas arrondissements. O menor número, o arrondissement de número 1, fica no centro geográfico da cidade, e os arrondissements seguintes se espalham em forma de caracol no sentido horário. Ou seja, quanto maior o número do arrondissement, mais distante ele está do centro. Saber disso pode te ajudar muito na hora de escolher o local de hospedagem, pois a maioria dos pontos turísticos se concentra entre o 1er e 9ème arrondissement.
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As letinhas er e ème ao lado de 1er, 2ème, 3ème arrondissement indicam o número ordinal. Logo, 1er (premier) significa primeiro, 2ème (deuxième) significa segundo, 3ème (troisième) terceiro e assim vai. Em português, você pode dizer primeiro arrondissement, segundo arrondissement e assim por diante.
Todos os endereços dentro de Paris tem o código postal (CEP) que começa com 75, seguido por mais três números. Esses últimos três dígitos correspondem ao número do arrondissement. Por exemplo, o código postal do Museu do Louvre é 75001, então podemos concluir que ele está no 1er arrondissement de Paris.
Os arrondissements de Paris
1er arrondissement
O primeiro arrondissement de Paris é o centro geográfico da cidade. Além de concentrar vários pontos turísticos, o 1er arrondissement tem aquela vibe parisiense com a arquitetura clássica da cidade, grandes praças, jardins e avenidas. Ali, no coração de Paris, você encontra o Museu do Louvre, o Palais Royal e o Jardim das Tulherias, beirado pela Rue Rivoli. Atrás dela passa a Rue Saint Honoré, cheia de lojas de grife e chocolaterias de luxo. Outro endereço chiquérrimo de Paris fica no 1er arrondissement: a Place Vendôme, considerada como uma das praças mais elegantes do mundo, ela é endereço de hotéis 5 estrelas, como o Ritz Paris, e joalherias elegantérrimas.
Leia mais sobre os melhores hotéis de luxo em Paris e veja a minha dica de hotel mais em conta na região, a 10 segundos de caminhada da Place Vendôme.
2ème arrondissement
O 2ème arrondissement é uma área mais empresarial da cidade. A Bolsa de Valores (Bourse) fica ali, e anexada à ela fica o restaurante Spoon, do chef Alain Ducasse, que serve um delicioso brunch nos finais de semana e tem um cardápio exótico inspirado nas viagens do chef. No 2ème arrondissement você também encontra a charmosa Galeria Vivienne, uma passagem coberta com um chão de mosaico divino, lojas e cafés com um estilo meio antiguinho. À noite, o bairro é bem tranquilo, pois a maioria dos prédios são na verdade escritórios. Por isso, o 2ème arrondissement é uma boa opção de hospedagem para quem procura calmaria sem se afastar dos arrondissements mais agitados.
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3ème arrondissement
O 3ème arrondissement guarda a parte alta do Marais, conhecida como Haut Marais. Essa região tem uma vibe mais alternativa, despojada e cool. Muitos artistas e estilistas jovens abriram suas lojas e galerias de arte por ali. Tem livrarias hypadas como a OFR (20, rue Dupetit-Thouars) e o Musée des Arts et Métiers que expõe objetos e invenções dos séculos 19 e 20. É no Haut Marais que fica o Marché des Enfants Rouges, um mercadão (não muito grande) com vários quiosques de comida. O que faz mais sucesso é o Chez Alain Miam Miam que serve sanduíches incríveis. Leia o nosso post com ideias de passeios para fazer no Haut Marais.
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4ème arrondissement
É no 4ème arrondissement que fica o coração do Marais, um bairro hypado, com galerias de arte, lojas de grife e cafés. É um bairro muito frequentado pela comunidade judaica, por isso tem muitos comércios judaicos, principalmente na Rue des Rosiers e arredores. Um deles é o L’As du Falafel, um delicioso restaurante bem informal que serve um falafel divino e baratinho.
O Marais tem a linda Place des Vosges, uma praça simétrica com fontes, jardins e banquinhos contornada por prédios de tijolo. O Centro Georges Pompidou tem um museu de arte contemporânea incrível e um terraço com uma vista panorâmica de Paris, perfeito para assistir o pôr do sol. E perto dele tem uma sorveteria libanesa deliciosa chamada Bachir que serve sorvetes orgânicos. O mais famoso da casa é o de pistache.
A Catedral de Nore-Dame também fica no 4ème arrondissement, quase na fronteira com o 1er e o 5ème arrondissement, mais precisamente na Île de la Cité — uma ilha no meio do Rio Sena. A ilha vizinha, Île Saint-Louis também vale o passeio. É um lugar muito charmoso com cafés, papelarias, butiques antiguinhas e a lendária Berthillon, uma das melhores sorveterias da cidade.
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5ème arrondissement
O 5ème arrondissement abriga uma parte do Quartier Latin, em português esse nome se traduz como “Bairro Latino” e ele é conhecido como a região dos intelectuais por abrigar universidades, como a Sorbonne, livrarias lendárias como a Shakespare & Company e cafés icônicos já frequentados por escritores, pintores, filósofos e políticos. Também não podemos esquecer do Panthéon, construção majestosa que abriga a sepultura de personalidades históricas muito importantes para a França como Victor Hugo, Voltaire, Pierre e Marie Curie.
No 5ème arrondissement você também tem o Jardin des Plantes, um lindo jardim botânico com estufas e vários museus sobre biologia e geologia, sendo um ótimo ponto de visita para quem está viajando com crianças. No Jardin des Plantes você tem a Galeria da Evolução das Espécies, o Museu de Mineralogia e Geologia e o Museu de Paleontologia e Anatomia Comparada, que expõe fósseis de animais préhistóricos.
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6ème arrondissement
O 6ème arrondissement é a outra metade do Quartier Latin. A área tem aquela vibe parisiense clássica e clichê que vemos nos filmes. A avenida Boulevard Saint-Germain, com seus cafés, lojas de decoração de luxo e restaurantes, pertence a esse arrondissement. Inclusive é nela que ficam os cafés Les Deux Magots e Café de Flore, praticamente vizinhos, os dois cafés eram frequentados por ninguém menos que Simone de Beauvoir, Jean Paul-Sartre e Picasso.
O 6ème arrondissement também guarda o Jardim de Luxemburgo, onde fica o Senado, cercado por um jardim maravilhoso com fontes, flores, estátuas, cafés, playgrounds e cadeirinhas de ferro verde. O local foi construído às ordens da Rainha de Médicis, em 1612. O espaço é bem grande, são 22 hectares e cerca de 2km de perímetro.
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7ème arrondissement
Não dá para ir para Paris sem passar pelo 7ème arrondissement, afinal é ali que fica a Torre Eiffel, o Les Invalides e o Museu de Orsay, que expõe desde obras icônicas dos impressionistas Monet, Manet e Cézanne, até as pinturas mais famosas de Van Gogh (como o Autorretrato) e Paul Gauguin.
O 7ème inclui as ruas pitorescas ao lado da Torre, como a Rue Cler, super charmosa, com uma vibe que representa bem a vida local parisiense graças aos seus cafés, mercados, fromageries (lojas especializadas em queijo), boulangeries (padarias) e lojinhas de pequenos produtores. Conheça outras ruas charmosas de Paris aqui e confira nossas indicações de hotéis perto da Torre Eiffel aqui.
8ème arrondissement
Esse é arrondissement do Arco do Triunfo e da avenida mais famosa do mundo: Champs-Élysées. A Place de la Concorde, a segunda maior praça da França — que sediou 2498 guilhotinadas durante a Revolução Francesa, inclusive a execução de Maria Antonieta e o rei Luís 16, também fica no 8ème. A Pont Alexandre III, a ponte mais bonita de Paris, construída para homenagear a amizade entre os franceses e russos, também fica ali na fronteira do 8ème e 7ème arrondissement.
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9ème arrondissement
O nono arrondissement tem a Galeries Lafayette Haussmann, loja de departamento icônica em Paris que, além das lojas de grife, tem uma arquitetura linda com uma cúpula de vidro maravilhosa e um rooftop com vista para a Torre Eiffel e os telhadinhos de Paris. Logo ao lado da Lafayette fica o Opéra Garnier, sala de concerto maravilhosa com um hall todo em mármore, com pinturas no teto e estátuas suntuosas. Você pode visitar o local mesmo se não for assistir um show. Aliás, uma cena icônica de Emily em Paris foi gravada lá. Para conhecer todos os cenários de Emily em Paris clique aqui.
O 9ème também guarda uma pequena porção de Montmartre que inclui o Moulin Rouge e o Museu de la Vie Romantique, esse museu tem um jardim bem tranquilo e gostoso com mesinhas e cadeiras onde você pode sentar e tomar um chá da tarde.
Quanto mais para cima no nono arrondissement, mais bagunçadinho fica. Pigalle e arredores é uma região de badalação e festa. Os hotéis costumam ser mais baratos por ali. Apesar da baguncinha, é uma região que está se modernizando e se “limpando” com a chegada de hotéis e cafés descoladinhos. É uma boa opção de hospedagem para jovens. Clique aqui para dicas de hotel bom e barato em Paris (diárias mínimas até €100)
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10ème arrondissement
O 10ème arrondissement é uma área jovem, urbana e despojada de Paris. É onde fica o Canal Saint-Martin,um canal que aparece no filme Amélie Poulain e na série Emily em Paris. Essa faixa de água é contornada por galerias de arte e bares cool. Os parisienses adoram sentar na beira do canal nos finais de semana para tomar um drinque com os amigos.
No 10ème arrondissement fica também a Gare du Nord, de onde saem os trens com destino a Londres, Bruxelas e Amsterdã. Tem um hotel-boutique bem jovem e despojado na frente da estação, o 25 Hours Hotel (leia mais aqui). Perto da Gare du Nord fica a Gare de l’Est com trens para cidades como Estrasburgo, na Alsácia, e Frankfurt.
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11ème arrondissement
O 11ème é mais frequentado por locais. É onde fica a Place de la République. Ali perto, nos arredores de Charonne, você encontra vários restaurantes de ponta, fora da rota turística. O Septime, por exemplo, é um restaurante discreto, mas que dá o que falar entre os apaixonados por gastronomia. Beyoncé e Jay-Z, inclusive, já almoçaram no local. No 11ème também ficam alguns dos melhores lugares para degustar vinho. O bar La Buvette, por exemplo, tem uma vibe bem intimista e aconchegante, perfeito para tomar um aperitivo com os amigos antes do jantar. Dois cantinhos pitorescos para fotografar no 11ème arrondissement são a Passage de l’Homme e a Cour Damoye, vilazinhas escondidas com prédios cobertos por plantas e galerias de arte.
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12ème arrondissement
Vizinho do 11ème, o décimo segundo arrondissement também tem restaurantes incríveis e bares de degustação de vinho, como o Le Baron Rouge. Inclusive, os chefs de alguns dos melhores restaurantes de Paris fazem as suas compras na feira Marché d’Aligre, conhecida por seus produtos frescos de alta qualidade. A rua da feira tem também um açougue, Les Provinces d’à côté. O diferencial dessa boucherie é que ela tem um espaço para degustação de carnes, frios e queijos com vinho. Os chefs dos restaurantes ao redor sempre passam por ali. Nessa mesma rua você encontra também fromageries (loja de queijo), peixarias, loja de temperos e outros comércios.
O 12ème também tem a Coulée Verte, uma passarela cheia de plantas em uma antiga trilha de trem que liga o os arredores da Bastilha a Porte des Vincennes. Outro ponto bacana de visita no 12ème é Bercy Village, um bairro de galpões antigos onde engarrafavam e armazenavam vinhos. Hoje esses depósitos abrigam lojas e restaurantes. É um bairro muito gostoso para passear no final de semana.
No 12ème arrondissement, você também encontra o Musée des Arts Forains, um museu que expõe objetos de feiras e mini parques de diversão, tudo bem vintage, nas vibes do álbum Circus de Britney Spears. O Bois de Vincennes, um lindo parque com um castelo e um jardim botânico, também fica no 12ème arrondissement de Paris.
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13ème arrondissement
O 13ème arrondissement abriga a Gare d’Austerlitz, estação com trens que partem para o Vale do Loire e Toulouse. Ali, na beira do Rio Sena, também tem vários restaurantes e bares legaizinhos para curtir a noite com os amigos como o Petit Bain, mais alternativo, ou o Bateau El Alamein.
Fora isso, o 13ème arrondissement é um bairro bem residencial e tranquilo. Se hospedando ali perto da Place d’Italie você tem acesso aos metrôs e ônibus que te levam diretamente aos pontos turísticos em poucos minutos. O COQ Hotel Paris, por exemplo, é um hotel-boutique descoladinho, com diárias a partir de 86 €, leia mais aqui.
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14ème arrondissement
O 14ème é o arrondissement das Catacumbas. As Catacumbas de Paris são túneis e cavernas subterrâneas que passam embaixo de Paris. Uma parte das Catacumbas abriga um ossuário desde 1785, ossos e crânios foram alinhados nas paredes a partir de 1785. Estima-se que tenha ossos de mais de 5 milhões de pessoas por ali. O local é aberto para visitas desde o início do século 19. Fora isso, pode-se dizer que o 14ème é um arrondissement mais residencial.
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15ème arrondissement
O 15ème é um bairro mais residencial e tranquilo de Paris, com acesso fácil ao metrô e ônibus. Alguns prédios são mais modernos, construídos pós Segunda Guerra Mundial. É no 15ème, na fronteira com o 14ème, que fica a Gare Montparnasse, estação de onde partem os trens para a região da Bretanha, Bordeaux, Tours e La Rochelle. E a Torre Montparnasse, um prédio preto de mais de 50 andares, na frente da estação, é aberta para visitantes. Você pode subir no rooftop e ter uma vista maravilhosa de Paris e da Torre Eiffel. É um dos melhores lugares para observar a cidade. Recomendo você ir antes do pôr do sol, para ver a cidade de dia e as luzes se acendendo com o anoitecer. Se hospedar ali perto é uma boa opção, porque além do transporte público facilmente acessível, você está perto de vários restaurantes, lojas, e não muito longe do 7ème arrondissement (onde fica a Torre Eiffel).
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16ème arrondissement
O 16ème arrondissement é conhecido por ser o bairro residencial da classe alta parisiense. Muitas celebridades e políticos moram por ali, nas áreas mais calmas. Mas o 16ème também é o arrondissement dos Jardins do Trocadéro, um pátio de frente para a Torre Eiffel que oferece a vista mais privilegiada da Dama de Ferro. A icônica Pont Bir-Hakeim, toda de ferro com vista para a Torre, fica ali perto e rende fotos maravilhosas. E o Bois de Boulogne, parque gigantesco, no estilo do Bois de Vincennes, é *O* local de passeio dos parisienses que moram na região.
Metade da praça do Arco do Triunfo também pertence o 16ème arrondissement. E se você gosta de arte, você vai amar visitar o Museu Marmotan, um museu mais desconhecido entre os turistas, que expõe a maior coleção de obras de Claude Monet.
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17ème arrondissement
O 17ème é um bairro mais residencial, com opções relativamente baratas de aluguel se comparamos com o valor do aluguel em outros bairros parisienses. Ele fica entre Montmartre e o Arco do Triunfo.
18ème arrondissement
Esse é o arrondissement de Montmartre, bairro boêmio de Paris com ruas de paralelepípedo, cafés, escadarias e, é claro a Basílica de Sacré Cœur. Além da basílica, que oferece uma linda vista de Paris, Montmartre tem a charmosa Place du Tertre, onde ficam os desenhistas, e o charmoso mural de azulejo Mur des Je t’Aime, com a frase “eu te amo” escrita em 250 idiomas. Para quem gosta, o museu Dalí Paris é um passeio bem interessante. O espaço da exposição não é muito grande, os quadros e método de trabalho do artista são muito bem explicados, de maneira didática.
Existem vários lugares muito fotogênicos em Montmartre como a vista da Rue de l’Abreuvoir a partir da Place Dalida, o restaurante La Maison Rose e a saída da estação de metrô Lamarck Caulaincourt. Para um jantar refinado com uma vista privilegiada de Paris e da Torre Eiffel, recomendo o restaurante no rooftop do Terrass” Hotel.
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19ème arrondissement
O 19ème é um arrondissement mais residencial, mas ele tem o romântico parque Des Buttes Chaumont e La Vilette, um centro cultural com museus, playgrounds, cinemas e restaurantes. Seu cinema, La Géode, tem uma das maiores telas do mundo. No La Vilette também fica a Cité des Sciences et de l’Industrie, um museu dedicado à ciência e à tecnologia. A Cité de la Musique contém salas de concerto e o Museu da Música. O Le Zénith também é um outro ponto importante do complexo, onde acontecem muitos shows de rock e música alternativa.
20ème arrondissement
O 20ème arrondissement é uma área residencial que fica cada vez mais hypada. É nele que fica uma parte do descolado bairro de Belleville, distribuído entre o 10, 11, 19 e 20ème arrondissements. É um ponto mais elevado de Paris, por isso, a vista do parque de Belleville para a cidade é simplesmente incrível. E o melhor de tudo é que você não precisa competir espaço com outros viajantes. Afinal, Belleville e todo o 20ème arrondissement são áreas tranquilas, frequentadas por locais e quase nada turísticas. Além das ruas bucólicas, dos restaurantes e barzinhos, Belleville é conhecida como o centro da street art parisiense, principalmente a Rue Dénoyez.
O 20ème é endereço do Père-Lachaise, cemitério que abriga a sepultura de Edith Piaf, Jim Morrison, Chopin, Oscar Wilde e Alain Kardec. Parece um passeio meio macabro, mas nos finais de semana muitos parisienses do bairro passeiam por ali e muitos turistas também, à procura dos túmulos da personalidades famosas citadas.
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Rive Gauche x Rive Droite
Além da divisão em arrondissements, Paris é divida entre rive gauche (margem esquerda), margem inferior do rio Sena, e rive droite (margem direita), margem superior do Rio Sena. Ou seja, rive gauche é o sul, rive droite é o norte. A rive droite é maior e é conhecida como o mundo dos negócios, do comércio de luxo e das grandes joalherias. Já a rive gauche representa apenas 35% de Paris. A região é conhecida como o epicentro cultural da capital francesa por abrigar a Sorbonne e cafés frequentados por intelectuais. É a parte de Paris que nós mais vemos nos filmes.
Paris intramuros x banlieue parisienne
E por último, mas não menos importante: existe a divisão Paris intramuros x banlieue parisienne. Paris intramuros significa “Paris dentro dos muros”, ou seja, tudo que está dentro dos arrondissements, dentro do círculo. A banlieue parisienne são os subúrbios, tudo que fica ao redor de Paris, acessível via metrô e RER.
Muitos parisienses optam por morar na banlieue pela proximidade ao centro, a facilidade de locomoção e os aluguéis um pouco mais em conta. Cada ano que passa, os aluguéis na banlieue parisienne ficam mais caros.
Se estiver viajando e procur viver a experiência clichê de Paris, eu não recomendo você se hospedar na banlieue. Mas, se você quer muito economizar e encontrar um hotel perto de uma estação de metrô, pode ser uma boa opção. Mas saiba que vai ter muito contraste entre o centro de Paris e o local de sua hospedagem, e o valor da diária pode não ser tão mais em conta assim.